A estreia de Zezé Motta no teatro profissional não poderia ser mais marcante: em janeiro de 1968, ela integrou o coro do musical "Roda Viva", escrito por Chico Buarque e dirigido por José Celso Martinez Correia.
Aos 24 anos, Zezé participava de um espetáculo que iria revolucionar a dramaturgia e a cultura brasileira.
"Roda Viva" estreou em 15 de janeiro de 1968, no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, com Marieta Severo, Heleno Prestes, Antônio Pedro e Paulo Cesar Pereio nos papéis principais.
Zezé fazia parte do coro, que contava também com o então estreante Pedro Paulo Rangel e nomes como Eudósia Acuña e Fernando Reski.
A peça gerou muita polêmica, pois trazia cenas violentas e muitos palavrões. Ficou famosa a cena em que os integrantes do coro do espetáculo, no papel de fãs em transe, simulavam a devoração do corpo do cantor despedaçando um fígado de boi cru, fazendo freqüentemente com que o sangue respingasse sobre a platéia. Entre as outras muitas provocações e deboches havia ainda uma cena em que Nossa Senhora rebolava de biquíni em frente a uma câmera de TV, enquanto esta simulava movimentos fálicos de ir e vir.
Em São Paulo, a estreia do musical deu-se no dia 17 de maio, ganhando novos nomes como Marília Pêra, Rodrigo Santiago, André Valli e Margot Baird.
Em 18 de julho de 1968, após mais uma noite de apresentação em São Paulo na sala O Galpão, cerca de vinte homens encapuzados, armados de cassetetes e soco inglês sob as luvas, do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), se dividiram para quebrar o cenário e partes do espaço físico, e invadir os camarins, espancando e abusando dos atores e produção, destruindo figurinos e distribuindo pancadaria. A peça acabou virando um símbolo da resistência contra a ditadura.
Veja fotos de Zezé Motta no coro de "Roda Viva":
Saiba mais sobre "Roda Viva" em: http://musicais-brasil.blogspot.com/2009/10/musicais-roda-viva-1968.html
"Roda Viva" estreou em 15 de janeiro de 1968, no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro, com Marieta Severo, Heleno Prestes, Antônio Pedro e Paulo Cesar Pereio nos papéis principais.
Zezé fazia parte do coro, que contava também com o então estreante Pedro Paulo Rangel e nomes como Eudósia Acuña e Fernando Reski.
A peça gerou muita polêmica, pois trazia cenas violentas e muitos palavrões. Ficou famosa a cena em que os integrantes do coro do espetáculo, no papel de fãs em transe, simulavam a devoração do corpo do cantor despedaçando um fígado de boi cru, fazendo freqüentemente com que o sangue respingasse sobre a platéia. Entre as outras muitas provocações e deboches havia ainda uma cena em que Nossa Senhora rebolava de biquíni em frente a uma câmera de TV, enquanto esta simulava movimentos fálicos de ir e vir.
Em São Paulo, a estreia do musical deu-se no dia 17 de maio, ganhando novos nomes como Marília Pêra, Rodrigo Santiago, André Valli e Margot Baird.
Em 18 de julho de 1968, após mais uma noite de apresentação em São Paulo na sala O Galpão, cerca de vinte homens encapuzados, armados de cassetetes e soco inglês sob as luvas, do Comando de Caça aos Comunistas (CCC), se dividiram para quebrar o cenário e partes do espaço físico, e invadir os camarins, espancando e abusando dos atores e produção, destruindo figurinos e distribuindo pancadaria. A peça acabou virando um símbolo da resistência contra a ditadura.
Veja fotos de Zezé Motta no coro de "Roda Viva":
Saiba mais sobre "Roda Viva" em: http://musicais-brasil.blogspot.com/2009/10/musicais-roda-viva-1968.html
Fontes de Consulta: Jornal da Tarde - 19/07/68, Site oficial Chico Buarque, Enciclopédia Itaú Cultural de Teatro, Blog Ivan José, Livro "Vissi D`arte - 50 Anos Vividos Para a Arte" - Marília Pêra; Livro 85 anos de Música Brasileira Vol. 2; Blog Soppa de Letras (Pedro Paulo Rangel); Livro Flávio Império (de Renina Katz, Amélia Império Hamburger); Livro Primeiro ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (Zé Celso Martinez Correia); "A ENCENAÇÃO NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 1967 E 1974 – O TROPICALISMO NO TEATRO", por Egon Hamann Seidler Júnior.
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